segunda-feira, 19 de setembro de 2011

*Guitarra Entre Mãos* - 21º Capítulo*

 

Minhas Imagens-1

“- Está bem, não demores – Sorriu - Fico à tua espera!

Desloquei-me até ao pátio. Fiquei perplexa a observar as estrelas que pairavam no céu escuro da noite. De repente parei no mundo e fiquei a pensar em tudo; tudo mesmo. Depois de tantos anos a lutar por ele, finalmente consegui. Era como estar a viver um sonho, esperando ansiosamente ouvir o despertador para nos acordar; é um medo irracional.

A alça da mala que trazia sobre o ombro, tremeu; na verdade, o telemóvel que estava dentro dela é que vibrava insistentemente. Abri o botão de metal gelado e retirei o telemóvel colocando-o junto ao ouvido.

- Sim?

- Amor!

- Clara?!

- Claro que sou eu!

- Olá, melhor amiga – Falei por entre gargalhadas.

- Que saudades! Vá, conta-me as novidades…

- Já deves saber, não?Indaguei, confusa. Eu não lhe tinha contado, que péssima melhor amiga me senti.

- O que é que eu perdi, Lé?

- Desculpa! Eu pensei que já te tinha contado…

- Tudo bem, mas conta-me agoraA sua voz tomara um tom tão triste, fazendo-me sentir pior.

- Eu namoro com o Tiago…As palavras envergonhadas, tal como eu, soltaram-se num murmuro.

- A sério, Lé?

- Sim, Clara…

- Que bom. Fico feliz por vocês Estranho. A Clara estava diferente; o entusiasmo dela ocultara-se e falara com naturalidade.

- Passa-se algo que eu não saiba?

- Claro que não!Tentou sorrir, mas supunha que me mentia – Por que perguntas?

- Não acredito nisso! Conheço-te bem demais.

- Não se passa nada, descansa. Adeus, melhor. Nunca te esqueças que te adoro por mais que te faça sofrer.

- Que conversa é essa, Clara?! Eu também te adoro; tu nunca me fazes sofrer.

- Lé, está tudo bem? – Deteve Tiago, com a sua aparição.

- Sim, eu já vou ter contigo, vai indo… – Afastei o telemóvel do ouvido para não interromper a conversa com a Clara. Quando ele voltou para dentro da imensa sala, despedi-me a todo o custo dela – Vou ter de ir. Beijinhos!

- Beijinhos; adoro-teLevei o polegar ao pequeno botão vermelho e desliguei a chamada, ficando a olhar um ponto incerto.

Continuaa…

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Hallo Leute (:
Mais uma vez, desculpem a demora… Começaram as aulas e o tempo escassa!
Lembram-se de eu dizer que esta história não ia acabar nada bem? Pois, para breve virá o drama que a minha Drama Queen gosta tanto, né chica? *-*

Sem mais nada a dizer, espero que tenham gostado *-*
Beijinhos Coração vermelho

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

*Guitarra Entre Mãos* - 20º Capítulo*

 

Minhas Imagens-1

- Isso é o que eu estou a pensar, amor? – Perguntei curiosa.”

- Se estás a pensar que é o leitor vinil do meu pai…

- Sim, isso mesmo! – Cortei-lhe os pensamentos – Vais levá-lo para a sala?

- Sim! Isto vai animar o ambiente… Então, vamos?

- Claro! – Descemos as escadas, juntos, sempre alegres e com brincadeiras infantis, que eram mostradas a partir de actos de ternura e carinho.

Em poucos minutos, já havíamos descido as magníficas escadas, talhadas num mármore branco, aplaudível a qualquer passada. Na sala, mais propriamente na entrada, o ambiente era o mesmo; vozes e confusão espalhavam-se na sua imensidão. Entramos com discrição, mas todos os rostos se voltaram para nós ao primeiro passo no chão de soalho bege. Seguiu-se o caminho até um pequeno canto da sala, onde podia ser vista uma mesa, também pequena. O segundo motivo pelo qual todos os rostos se voltaram para nós, foi o esplêndido leitor de vinil; levámo-lo até ao tal canto e assim o pousamos. Escolhemos qual o disco de vinil que seria tocado; estava difícil! As nossas opiniões eram sempre diferentes, havia discos de todas as variedades, desde diferentes anos a diferentes géneros de música. Passou pelas minhas mãos um disco de vinil chamado “ Sucessos 70 “. O nome daquele disco, cativou a minha atenção, levando-me a falar nele.

- Sucessos 70 – Pronunciei o seu nome em tom audível - Que tal este, amor?

- Achas? – Arqueou o sobrolho, desenhando-se nos seus lábios um sorriso confuso – Conheces alguma música?

- Não, não conheço. Mas, temos de admitir que nesta sala a nossa geração está em minoria. Terás de te render por uma vez aos anos 70 – Gargalhou incansavelmente – Vá, vai ser divertido!

- Sim, talvez tenhas razão. Vamos lá a isto!

Acenei positivamente, levantando vagarosamente a peça fundamental para o leitor conseguir tocar; a agulha. Coloquei o disco, levando a girá-lo lentamente ao começo. Quando uma melodia do estilo anos 70 ecoou pela sala, cada volta que o disco dava em torno do leitor, era feita com total rapidez. Todas as pessoas presentes na sala olhavam agora para o fundo da sala, com uma mistura de dúvida e confusão no perfeito fundo de cada olho dirigido a nós.

- Antes que esses olhares nos matem…

Lé deu uma cotovelada disfarçada ao Tiago, revirando os olhos. Desenhou-se nos seus lábios um sorriso forçado, levando Tiago a perceber o motivo.

- É verdade! – Murmurou, continuando em tom ouvinte - Eu e a Lé reparámos que o ambiente não era dos melhores… sendo assim, já que a animação estava muito longe de atingir o seu limite, o leitor de vinil poderá animar um pouco este convívio. Bem, como eu sei que nesta família existem muitos bons dançarinos... Espero que se divirtam!

Agora, o convívio tornara-se mais agradável. Todos nos rendemos a uma melodia que nem parecia dos anos setenta; “The Love Is Hard”. Dançamos a pares, calmamente. Eu e o Tiago, estávamos a dançar bem juntos. Por vezes podia sentir os seus beijos tocando o meu pescoço, o seu queixo pousando sobre o meu ombro ou um toque de lábios suave.

- Amor, eu já venho, sim? – Falei desviando um pouco a cabeça do seu ombro.

- Está bem, não demores – Sorriu - Fico à tua espera!

Continuaa…

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Oláá, meninas :’)
Sim, é verdade! Entramos nos vigésimos capítulos *wiii*
Começo a anunciar que esta grande história de amor não vai acabar da melhor maneira
*muahahah*

Vá, espero que tenham gostado!
Beijinhos Coração vermelho

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

*Guitarra Entre Mãos* - 19º Capítulo*

 

Minhas Imagens-1

“Muitas vezes são estas situações que nos ensinam a dar mais valor às pessoas; à vida.”

O pequeno discurso de Leonor teria deixado as pessoas carentes e sentimentais. Naquela sala apenas se ouviam vozes e confusão.

- Amor… estamos todos um pouco desanimados. Eu imagino como deve ter sido difícil ver o teu pai partir, não é bem a mesma coisa, mas desde que o meu pai deixou Portugal é como se tivesse morrido, e não parecendo…

Tiago, não me permitiu relembrar de tudo, ele sabia o quão difícil é perder alguém, principalmente uma das pessoas que garantiu a nossa existência. O meu não morrera, mas como desaparecido, sentia a mesma angústia de não o ter por perto como se já não existisse.

- Não vamos falar sobre isso, amor. Tu sabes o que eu sofri e eu sei o que tu ainda sofres! O que mais quero agora é aproveitar este momento de ter a família reunida e principalmente tu estares aqui comigo; afastar esses pensamentos. Eu sei de uma coisa que pode alegrar este convívio… - os olhos dele transmitiram-me uma força como se me dissesse para que eu deixasse todas as coisas más de parte e olhasse o que me rodeava; o mais precioso que tinha.

- Eu sei, eu também quero aproveitar o momento de estar contigo e com a tua família. Então?! Que coisa é essa?

- Vem comigo… - Ditas as palavras, segurou a minha mão e levou-me com ele para a imensidão daquela casa.

Subimos umas grandes escadas, que pareciam não ter fim, quando finalmente chegamos a um lugar lindo, a Biblioteca do seu pai.

- Era… era aqui que ele passava a maior parte do seu tempo – Hesitou nas primeiras palavras que custavam a sair da garganta.

- Isto é lindo, amor! Mas, não estou a ver como isto pode alegrar este convívio…

- Sim… quando era pequeno, ele trazia-me até às imensidões desta biblioteca e o que eu mais adorava fazer era ouvir com ele, os discos que transbordam esta estante! – uma lágrima caiu do seu olho, deslizou o rosto, tocou os lábios e se deixou ficar no peito, perdida na roupa que vestia Quando sinto as saudades dele apertarem, volto aqui, relembrando a infância, e deixo-me ficar… apenas ouvindo alguns destes discos que me lembram o quanto ele era feliz.

- Amor…

- Sim, ele era feliz – Interrompeu – agora, é a minha vez de o ser - Voltou o seu corpo e a passos serenos veio ao meu encontro, beijou-me fugaz e suavemente e por fim abraçou-me – Contigo!

- E eu contigo, amor! E podes ter a certeza que no que depender de mim, eu vou fazer-te feliz tal como tu mereces – Segurei-o com força nos meus braços e pousei a cabeça no seu peito.

- Tu já me fazes feliz! – Levantou o meu rosto e acariciou ao de leve os meus lábios, não os beijando.

- Amor, eu estava mesmo a adorar o momento: estar aqui contigo, saber de tudo isto e fazer-te feliz, claro. Mas se não aparecermos dentro de algum tempo eles vão sentir a nossa falta e procurar-nos…

- Sim, amor, tens razão! Dá-me só um segundo… - Desapareceu por entre os livros e as imensas estantes.

Passado pouco tempo, voltou e trazia algo muito interessante consigo:

- Isso é o que eu estou a pensar, amor? – Perguntei curiosa.

Continuaa…

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Oláá, meninas! (:

Desculpem a demora do post, mas estava à espera de mais comentários :c
De seis para três, diminuíram bastante :/
Bruna?! Lu?! ;$

Vá, espero que tenham gostado deste capítulo :)

Love You All Coração vermelho